A
Perestroika – Ensaio relacionado
Diante dos acontecimentos que se
direcionavam para possíveis revoluções na década de 80 do século XX na URSS,
Gorbatchev, tentando evitar tais acontecimentos sugeriu reformas através de
seus estudos denominados de “perestroika”
por meio de uma nova forma de governo moldado na transparência, porém, essa
crise aparentemente instalada era reflexo da burocracia imposta pelo Estado e
pelos desperdícios dos recursos naturais na utilização e fabricação de seus produtos.
A chamada Guerra Fria, que dividiu a
política mundial até 1989, trouxe em seu bojo, tensões que abalariam a
diplomacia mundial. Cada nação, preocupada com sua defesa procurava se defender
através de armamentos nucleares, como é o caso da China e da Índia, além da
URSS que se tornaria a “maior potência militar, pelo orçamento, o contingente
das tropas e o potencial de seu armamento.” Também, em consequência da Guerra
Fria, vitimaram-se os regimes democráticos na América Latina. Críticos
opositores, do Brasil, Chile, Argentina, entre outros países, sofreram
ditaduras militares, violenta repressão política com a prisão, tortura, exílio
e morte, sem contar com o desaparecimento, também, de muitos inocentes.
Mikhail Gorbatchev tentou
desesperadamente recuperar a economia do bloco socialista com suas medidas
reformistas, tanto na vida política, quanto na ação do Estado, implantando a
era da glasnost, que significa
“transparência”, como abertura democrática.
Segundo
Lenina Pomeranz, essa abertura
“[...]
abriu caminho para a reforma do Estado e para as discussões ideológicas nas
quais a reconstituição da história e a crítica da burocracia e das deficiências
da organização social e da burocracia, assim como a formação do homem
soviético, substituindo a versão formal da realidade, indicam as questões reais
que hoje se opõem no país”.
Gorbatchev,
para completar seu projeto reformador, em 1986, criou a tese da Perestroika, que significa
“Reconstrução”, trazendo o fim das intervenções políticas e militares de Moscou
nos países do leste europeu. Porém, em 1991, devido a uma tentativa fracassada
de golpe de Estado, em Moscou, foi liquidado o projeto de reformas da URSS,
quebrando, portanto, a força política do governo central.
No
que se refere à transparência defendida por Gorbatchev, é estranho seu
comportamento, quando o mesmo, segundo Catani, lança um pacote sobre os
soviéticos “retirando cerca de 47 bilhões de rublos da economia, ou seja, algo
próximo de um terço de toda moeda em circulação.” p.2
Nas décadas de 1970 e 1980, apesar
das inovações científicas e tecnológicas, bem como o aumento da produtividade
econômica, o saldo nas perspectivas de felicidade e bem-estar foram
desanimadores, provocando a incerteza para as gerações futuras.
Em relação ao nosso país, “Quem fará
a nossa Perestoika?” Segundo Cristina Izabel Gomes da Costa, essa pergunta foi
feita pelo editorial do jornal O Globo em 1988.
Segundo
a autora,
“[...]
Na sua leitura, a utilização da perestroika
como um exemplo para o Brasil apontava a natureza das reformas na URSS, que se
baseava em diversos valores preconizados pela publicação: a economia de mercado,
as privatizações, o fim dos monopólios e a abertura para a entrada de
tecnologia e de capital estrangeiros.”
Coincidência, ou não, presenciamos
algo semelhante em nosso país à URSS.
Fontes
http://www.scielo.br/pdf/rae/v31n1/v31n1a10.pdf
(Acessado em 29/12/2013)
http://www.scielo.br/pdf/tem/v13n25/a07v1325.pdf
(Acessado em 20/12/2013)
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