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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A Perestroika: ensaio relacionado


A Perestroika – Ensaio relacionado

            Diante dos acontecimentos que se direcionavam para possíveis revoluções na década de 80 do século XX na URSS, Gorbatchev, tentando evitar tais acontecimentos sugeriu reformas através de seus estudos denominados de “perestroika” por meio de uma nova forma de governo moldado na transparência, porém, essa crise aparentemente instalada era reflexo da burocracia imposta pelo Estado e pelos desperdícios dos recursos naturais na utilização e fabricação de seus produtos.
            A chamada Guerra Fria, que dividiu a política mundial até 1989, trouxe em seu bojo, tensões que abalariam a diplomacia mundial. Cada nação, preocupada com sua defesa procurava se defender através de armamentos nucleares, como é o caso da China e da Índia, além da URSS que se tornaria a “maior potência militar, pelo orçamento, o contingente das tropas e o potencial de seu armamento.” Também, em consequência da Guerra Fria, vitimaram-se os regimes democráticos na América Latina. Críticos opositores, do Brasil, Chile, Argentina, entre outros países, sofreram ditaduras militares, violenta repressão política com a prisão, tortura, exílio e morte, sem contar com o desaparecimento, também, de muitos inocentes. 
         Mikhail Gorbatchev tentou desesperadamente recuperar a economia do bloco socialista com suas medidas reformistas, tanto na vida política, quanto na ação do Estado, implantando a era da glasnost, que significa “transparência”, como abertura democrática.
Segundo Lenina Pomeranz, essa abertura 
“[...] abriu caminho para a reforma do Estado e para as discussões ideológicas nas quais a reconstituição da história e a crítica da burocracia e das deficiências da organização social e da burocracia, assim como a formação do homem soviético, substituindo a versão formal da realidade, indicam as questões reais que hoje se opõem no país”.  
Gorbatchev, para completar seu projeto reformador, em 1986, criou a tese da Perestroika, que significa “Reconstrução”, trazendo o fim das intervenções políticas e militares de Moscou nos países do leste europeu. Porém, em 1991, devido a uma tentativa fracassada de golpe de Estado, em Moscou, foi liquidado o projeto de reformas da URSS, quebrando, portanto, a força política do governo central.
No que se refere à transparência defendida por Gorbatchev, é estranho seu comportamento, quando o mesmo, segundo Catani, lança um pacote sobre os soviéticos “retirando cerca de 47 bilhões de rublos da economia, ou seja, algo próximo de um terço de toda moeda em circulação.” p.2
        Nas décadas de 1970 e 1980, apesar das inovações científicas e tecnológicas, bem como o aumento da produtividade econômica, o saldo nas perspectivas de felicidade e bem-estar foram desanimadores, provocando a incerteza para as gerações futuras.
           Em relação ao nosso país, “Quem fará a nossa Perestoika?” Segundo Cristina Izabel Gomes da Costa, essa pergunta foi feita pelo editorial do jornal O Globo em 1988.
Segundo a autora,
“[...] Na sua leitura, a utilização da perestroika como um exemplo para o Brasil apontava a natureza das reformas na URSS, que se baseava em diversos valores preconizados pela publicação: a economia de mercado, as privatizações, o fim dos monopólios e a abertura para a entrada de tecnologia e de capital estrangeiros.”
            Coincidência, ou não, presenciamos algo semelhante em nosso país à URSS.
Fontes


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