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sábado, 13 de setembro de 2014

Revoluções Inglesas



As ideias de John Locke e as revoluções inglesas
Tendo como base as ideias de John Locke, partindo do pressuposto de que o ser humano é como uma “tábua rasa”, ou seja, sem conhecimento algum, semelhante a uma folha de papel em branco, onde no decorrer da vida, vai-se imprimindo os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, formando-se assim, a personalidade e o caráter de cada indivíduo, percebe-se que ele estava focado em defender a construção de um mundo mais justo. Pois, segundo ele, “nenhum homem deve prejudicar a outrem, na vida, na saúde, na liberdade ou nas posses.”
Partindo para as ideias no que diz respeito às revoluções, especificamente as inglesas, “Locke reconhece o direito de qualquer um castigar a transgressão e perturbação de sua tranquilidade por outrem, no intuito de cessar a violação de sua paz na medida em que esta foi infringida, o que é direito coletivo, haja a vista a inexistência de superioridade ou jurisdição de um sobre os outros.” Locke também nos ensina que “alem do castigo à transgressão cometida, o sujeito passivo (vítima) tem também o direito particular de buscar a reparação dos danos sofridos por parte de quem os causou, apropriando-se de seus bens no fim de ser ressarcido e impedir que o infrator repita o delito.” Nesse contexto, para que se viva num estado de paz, é necessário que se respeite o espaço e os direitos de cada um, visto que, ninguém tem o direito de se apropriar do que é alheio. Evidentemente, se há uma tentativa de dominação sem o consentimento do outro, surge à possibilidade de defesa ou estado de guerra, quando não disser “revolução”.
Locke nos ensina que há dois estados entre os homens: o estado de natureza e o estado de guerra. Em relação ao primeiro Locke enfatiza que “quando os homens vivem juntos conforme a razão sem um superior na Terra que possua autoridade para julgar entre eles verifica-se propriamente o estado de natureza.” Esse estado de natureza, sem um superior que possa impor regras para o bem de todos, torna-se praticamente inviável. Visto que, a natureza do ser humano é tirar proveito do outro. Nessa linha de raciocínio, tomemos o exemplo de Locke em relação à macieira, onde, se para apropriarmo-nos dela, necessitássemos do consentimento de todos, morrería-mos de fome. Logo, em relação ao estado de guerra, surge quando o indivíduo, em vivência no estado natural, teve seu patrimônio dilapidado, cabendo, portanto, declarar guerra a seu agressor. Para resolução desses conflitos, Locke nos orienta na construção de um pacto social que garanta a resolução do conflito de modo equânime para que o estado de guerra pereça de forma definitiva.


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