René Remond
Nos estudos dos acontecimentos da
contemporaneidade, nos deparamos com registros de acontecimentos, pelos quais,
a dignidade humana foi solapada. Onde o ser humano não tinha voz, nem vez. Era
tratado simplesmente como objeto, por parte dos que detinham o poder. Como
exemplo, temos os históricos dos campos de concentração nazista, que apagava
por completo o direito a dignidade humana.
Com a expansão Européia, através do imperialismo,
impondo aos diversos povos um modo de vida que lhes era estranha, forçosamente,
aplicando sua cultura através da religião, política, economia, sociedade e tudo
que se achasse necessário aplicar aos conquistados, trouxe aos Estados
Europeus, a ideia de nacionalidade e superioridade racial.
Advindo as estradas de ferro, veio também, a
possibilidade da nova era industrial, com a invenção do vapor que
possibilitaria a movimentação das máquinas sobre trilhos e com isso, a certeza
da conquista dos mercados além-fronteiras. Nesse contexto, a conquista do homem
sobre as forças da natureza foi evidente.
Não obstante, surgiu também o despertar das classes
mais oprimidas. Irrompeu a necessidade de uma organização social, em oposição
às humilhações dos capitalistas. Surgindo assim, a Revolução Francesa no século
XVIII.
René Remond enfatiza a importância dos
intelectuais, dos escritores e de todos os estudiosos que contribuíram e
contribuem para o renascer do sentimento nacional e que esse sentimento,
anteriormente, foi marcado por dois tipos de nacionalismo: “um de direita e
outro de esquerda; um mais aristocrático e outro mais popular: o primeiro, de
tendências conservadoras e tradicionalistas, escolhem seus dirigentes e seus
quadros entre os notáveis tradicionais: o segundo visa à democratização da
sociedade e recruta seu pessoal nas camadas populares.” Daí, conclui-se, o gene
da formação das lutas de classes citadas por Karl Max.
Nenhum comentário:
Postar um comentário